Notas prévias
Por Teresa Duarte, Presidente da Comissão Executiva da Norgarante

Com as campanhas de vacinação a decorrer a velocidade cruzeiro em toda a União Europeia, e com um tão esperado desbloqueio gradual a acontecer a partir do corrente mês de maio, a recuperação do PIB na Zona Euro de 1,6% no 2º trimestre pode ser uma realidade. E não obstante os fundos da UE tenham sido projetados para contribuir para essa trajetória de crescimento, as autoridades sabem que injetar dinheiro no problema não é suficiente.

A dimensão do problema na Zona do Euro é grande, pelo que se teme que nem mesmo um estímulo histórico como o que se preparou, no valor de mais de 800 mil milhões de euros, a que acrescem os vários pacotes de apoio em cada país, possa ser suficiente para mudar o destino das economias mais débeis, que devem procurar implementar, simultaneamente, reformas pró-crescimento.

Por enquanto, a expectativa da chegada de um grande estímulo fiscal, combinado com o suporte monetário existente, tem contribuído para validar a perspetiva de uma recuperação robusta na Europa. O economista-chefe do BCE, Philip Lane, afirmou, aliás, que a economia está “no seu ponto de inflexão".

Em paralelo, é preciso avançar na vacinação. A Alemanha, por exemplo, anunciou um recorde de 1,1 milhão de indivíduos vacinados num único dia, enquanto Itália conseguiu ultrapassar os 500 mil pela primeira vez. Este crescimento do número de pessoas vacinadas é particularmente importante para Portugal, uma economia para a qual o turismo é crucial.

Portugal, que assumiu a presidência do Conselho da União Europeia, propôs a criação de um “passaporte” digital que comprove a vacinação e assegure uma via verde de circulação dos cidadãos da EU. E ainda que a sua implementação acarrete algumas questões, a verdade é que, caso esteja em pleno no próximo verão, será fundamental para o turismo nacional. Esperemos que assim seja!

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