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O fundo LAND – Life and Nature Development – fundo de investimento florestal que se propõe angariar 50 milhões de euros de investimento para restaurar até 200 mil hectares em zonas em risco de desertificação e capturar até 750 mil toneladas de carbono por ano foi recentemente apresentado em Portugal.

Com o objetivo de restaurar ecossistemas e biodiversidade, contribuindo para reforçar a coesão social, a criação de emprego e a revitalização das comunidades, o LAND propõe-se adquirir terrenos nas zonas raianas e do interior do país, mais afetadas pelos grandes incêndios e com forte possibilidade de desertificação.

Nos próximos 15 anos, o LAND tem como objetivo a cumprir a reintrodução de espécies, a regeneração e diversificação do ecossistema, a prevenção de incêndios, a conservação da água e a proteção da biodiversidade, além da promoção do sequestro e retenção de carbono. 

Com a aquisição e gestão responsável dos terrenos o fundo pretende produzir "créditos de carbono” que podem ser adquiridos pelas empresas para compensar as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) – que, no caso do Mercado Voluntário de Carbono, remunera os produtores florestais.

Ainda que possam ser um mecanismo para se alcançar mais rapidamente a neutralidade, os "créditos de carbono” não devem ser considerados como fatores de abrandamento das estratégias de redução de emissões pelas próprias empresas, pelo que União Europeia prepara-se para exigir às empresas que divulguem as suas estratégias de descarbonização, iniciando-se uma "cultura de transparência acerca do impacto das empresas nas pessoas e no ambiente”. Através da Diretiva sobre Relatórios de Sustentabilidade Empresarial, que estará em vigor a partir de 2024, será pedido às empresas para indicarem a origem, o objetivo e o tipo de créditos de carbono gerados e usados como compensação.