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A descarbonização é um caminho sem retorno e as indústrias de todos os setores e de todo o mundo estão cientes que não há outra solução para manter o planeta vivo que não seja a diminuição da emissão de gases.

E não são só os gases emitidos na produção industrial que recorre maioritariamente à combustão a carvão e de combustíveis fósseis, são também os gases emitidos pelas viaturas automóveis ou na agricultura.

No final da COP27, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas, que decorreu em Sharm El-Sheikh, no Egito, o compromisso foi reforçado pelos grandes líderes mundiais, que apresentaram um plano de ação para acelerar a descarbonização de cinco grandes setores e ajudar a tornar as tecnologias limpas mais baratas e acessíveis a todos. O plano visa acelerar a descarbonização nos setores da energia, transporte rodoviário, aço, hidrogénio e agricultura e manter os objetivos do Acordo de Paris, que no caso da União Europeia tem como meta ser a primeira economia a alcançar com impacto neutro no clima até 2050.

Mas o caminho da neutralidade zero está mais difícil com a guerra na Ucrânia e as decisões russas em matéria de energia que levaram ao aumento dos preços das matérias-primas e reduziram os recursos energéticos sendo previsível que, no próximo ano, se mantenha o aumento dos preços da energia e o seu impacto nos preços dos alimentos e bens essenciais.

Com o avançar da guerra na Ucrânia, a União Europeia apresentou o programa REPowerEU que tem a motivação de reduzir, no mais curto espaço de tempo, a dependência do gás Russo nos países da União, levando a uma necessidade de em menos tempo realizar os investimentos em novas energias mais limpas e diversificadas.

Em Portugal a descarbonização vai continuar a ser uma prioridade, estando aberto o aviso "Apoio à Descarbonização da Indústria (Aviso N.º 03/C11-i01/2022) e disponíveis linhas de apoio para indústrias e setores que vão realizar grandes investimentos para atingir a neutralidade carbónica nos seus processos.